quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

DIGA NÃO AO "VIVA NOTA"!

Temos que ser veementes contra mais essa atitude meramente assistencialista do Governo do Estado do Maranhão. Não é função do "ESTADO", aplicar recursos públicos em esporte PROFISSIONAL, seja ele qual for, até mesmo, o futebol! PROFISSIONAL, o próprio nome já diz tudo, profissional, ou seja, tem que sobreviver às suas próprias custas.

Ao "ESTADO", constitucionalmente, são outras as suas competências, entre elas, saúde, educação e segurança, todas precaríssimas no âmbito do nosso estado. Faltam hospitais, médicos, vagas nas escolas públicas, professores e, quanto a segurança querem pior situação do que a do nosso inoperante e falido sistema prisional, tão bem colocado pelo eminente, Dr. Douglas Martins, hoje no Bom Dia Mirante.

Somos radicalmente contra essa história de "VIVA NOTA". Se o governo, quer aumentar a sua arrecadação que utilize meios mais convincentes e eficazes, principalmente para com aqueles que julga como sonegadores, aliás, pequenos sonegadores, porque os que recolhem grandes tributos para o estado são as grandes empresas, e essas com certeza, continuarão a fazê-lo sem nenhuma solução de continuidade. Portanto, "VIVA NOTA" para aumentar a arrecadação é mais um engodo, mais uma falácia! Enfim, os fins não justificam os meios!

Já vivemos a experiência desse programa em outro governo, aliás com outro nome, o "NOTA NA MÃO". O torcedor trocava as suas notas fiscais pelo seu ingresso para ter acesso ao estádio e aos clubes eram repassados proporcionalmente os recursos financeiros. Aparentemente, foi uma maravilha. Boas equipes, ótimas competições, excelente público nos estádios, enfim tudo como manda o figurino! Mas, poucos eram os que previam o que poderia ocorrer com o futuro do nosso futebol.

Por mais contraditório que possa parecer, esse programa aparentemente tão eficaz, trouxe prejuízos incalculáveis ao nosso futebol, que perduram até hoje e, que atingiram frontalmente os nossos clubes, que se ainda não despencaram abismo abaixo, devem a poucos abnegados amantes do esporte bretão.

Tudo isso ocorreu, quando o governo retirou o programa, assim, abruptamente, como já disse, trazendo ônus que perduram até hoje. Por isso sou contra essa iniciativa, por contribuir para a eterna dependência do futebol em relação aos políticos, e por desestimular um maior compromisso dos torcedores com seus clubes. Encerrarei, parodiando Jó: "o governo deu, o governo o tirou, maldito seja o nome do governo." Joaquim.

Um comentário:

  1. Aqui em Pernambuco também tem um programa desses.
    Mas é assim mesmo. o Governo se mete em tudo. Até o frevo, o Galo da Madrugada, e carnaval de Olinda, etc. tudo é bancando pelo poder público.
    Pior é pagar duas vezes pra assistir um filme nacional. Paga-se o ingresso e paga-se o financiamento público do filme, via impostos.
    Os caras não metem a mão no bolso pra nada.
    É a terra de Macunaíma mesmo...
    Como diria Pero Vaz de Caminha: "nesta terra em se plantando tudo dá". Principalmente quando se planta um pé, um parente ou uma ONG dentro do Governo.
    Saudações tupiniquins

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